
ABADEUS: Por que investir em projetos culturais ou sociais?
Flávio Spillere Júnior: Por uma questão de responsabilidade com o próximo, proporcionando a estes uma oportunidade de dignidade e de abertura com a sociedade.
ABADEUS: Quando foi tomada a decisão como empresário e cidadão de ajudar o próximo a partir do projeto Sinfonia de Talentos?
Flávio Spillere Júnior: Nós tomamos a decisão assim que nos reconhecemos como pessoas maduras, responsáveis e preocupadas com o próximo, ou seja, não foi exatamente quando fundamos a Cliniimagem. A partir do momento que se tem responsabilidade, isso pode acontecer em qualquer fase da vida, mesmo na fase da adolescência ou adulta, baseado na educação que tivemos, despertou o desejo de ajudar o próximo, porque estamos tão perto dos necessitados e geralmente injustiçados, que merecem que alguém dê atenção. Porém, na prática tornamos isso realidade quando fundamos a Cliniimagem, exatamente no mesmo dia, em 9 de julho, quando inauguramos a empresa, demos os primeiros passos para a formação desse projeto.
ABADEUS: Por que escolher a ABADEUS como organização não-governamental para ajudar vocês a fazer a gestão desse projeto?
Flávio Spillere Júnior: Porque a ABADEUS não é governamental, faz um trabalho muito bom, muito organizado, sempre com novidades, sempre organizada, muito bem dirigida. Nós sabíamos que a ABADEUS de fato iria corresponder, como de fato correspondeu. É uma entidade que reúne todas essas qualidades.
ABADEUS: Uma empresa precisa de muitos recursos para investir e manter um projeto como o Sinfonia?
Flávio Spillere Júnior: Eu diria que é irrelevante a quantidade do recurso que se destina a qualquer projeto social. Porque o empresário pode ter um único empregado ou dois ou três e investir, direcionar um valor x que vai resultar em um projeto social. O importante, não interessa se eu gastei um ou um milhão, é que eu estou despertando em mim ou naqueles que me cercam, amigos ou sociedade em geral, a preocupação com as pessoas mais necessitadas. Estou preocupado com a violência, com o cinturão de pobreza que nos cerca, que vai gerar mais violência e que nos causaria um certo mal estar. Eu acho que a quantidade não é o mais importante.
ABADEUS: Muito se fala em marketing social, empresas que investem em projetos sociais e tem como retorno um marketing positivo. Como se dá esse marketing com a Cliniimagem investindo nesse projeto?
Flávio Spillere Júnior: Eu não tenho dúvida de que uma coisa está ligada a outra. Você faz o bem e recebe como retorno o bem. Esse projeto social ajuda de qualquer forma, quando estou na minha casa conversando sobre o projeto, quando falo com amigos sobre o assunto, quando vamos dormir que ficamos pensando ou as pessoas que procuram a clínica em função do projeto. Ou seja, tudo nos traz benefícios de todos os tipos.
ABADEUS: Na sua opinião, o que mais um empresário pode fazer para apoiar o desenvolvimento socioeconômico da sua região, além de apoiar projetos sociais?
Flávio Spillere Júnior: Estando bem informado a respeito, a gente tem que saber das regiões mais necessitadas, das ong’s que se dedicam a projetos sociais. Porque a primeira coisa é ter interesse, quase que espontâneo e natural e segundo, ir à caça. Acho que todos os empresário devem ter isso como obrigação, assim como temos obrigações ambientais e fiscais, devemos ter obrigação social. Formando uma empresa, ela deve direcionar sua gestão em benefício do social, porque ela pode ajudar uma ou um milhão de pessoas.
ABADEUS: E referente ao projeto Sinfonia de Talentos, quais as novidades em 2006?
Flávio Spillere Júnior: Como qualquer projeto que tem a intenção de perdurar, o nosso projeto também já está pensando em algumas mudanças e que certamente não serão as últimas. Resolvemos valorizar mais a parte musical e menos a parte de percussão. Porque estava havendo uma desproporção entre a percussão e os outros demais instrumentos de sopro e corda. Outra mudança que podemos fazer é um coral, daqui a algum tempo. Outra coisa também, é darmos uma assistência maior, dentro do possível, às famílias das crianças integrantes do projeto.
ABADEUS: E as expectativas com essas alterações?
Flávio Spillere Júnior: As expectativas são boas, até porque nós mudamos pensando em crescer. Nós temos certeza que essas pequenas alterações terão um resultado muito positivo.




Após um ano de alta procura, com mais de 150 alunos formados, a Escola de Artes Abadeus volta com tudo em 2024. As matrículas para as aulas de violino e canto ainda estão abertas e podem ser feitas entrando em contato com o Centro de Inovação Social, por meio do telefone 3462-2080.
